Apesar da alegria nervosa, minha pequenina estava realmente bem. O cabelo estava bem ralo, mas já tinha parado de cair. Os fiapos que restavam eram cuidadosamente bem penteados pela própria Ana Luiza, que muito vaidosa, toda hora passava a escova e o reparador de pontas nos poucos fios. Antes de sair de casa, ela me chamou no banheiro e disse que queria cortar uma “ponta meio torta” que tinha no cabelo. Eu ri, mas peguei a tesoura e acertei o fiapo torto. Ela ficou bem satisfeita.
A presença dos tios Alex e Aline foram fundamentais nessa internação. Já no hospital recebemos visitas de vários amigos que ainda custavam a acreditar no que estava acontecendo. Se continuava sendo difícil pra mim, que estava vivendo o problema, o que dizer de pessoas que só conseguiam lembrar dela esbanjando saúde?!
Ela começou a aplicação do segundo ciclo de quimioterapia exatamente no dia do meu aniversário. Eu sequer lembrava do meu aniversário e todos aqui em casa também esqueceram. Fui lembrada pela internet, quando abri meu e-mail e vi aquelas mensagens de lojas me desejando feliz aniversário. O único presente que eu poderia receber, seria a saúde restabelecida da minha filha, mas isso ainda levaria tempo. Me restava pedir serenidade para continuar e força para minha filha suportar o que ainda viria pela frente.
Ana Luiza parecia estar reagindo bem, apesar dos vômitos e náuseas absurdos. Logo no primeiro dia de quimioterapia ela fez o tio Alex sair correndo do hospital para buscar picanha com arroz. Pedido atendido. Mas infelizmente a comida não ficava na barriga. A tia Aline só faltou plantar bananeira pra tentar alegrá-la. Depois de muito insistir, a tia conseguiu convencê-la a ir até a escolinha pediátrica para prestigiar o voluntário que, toda sexta-feira, aparecia para animar a garotada, tocando violão.
Ana Luiza tentou se animar: tocou pandeiro, uns chocalhos e tentava acompanhar as músicas lendo as letras que as professoras entregavam. Eu ficava lendo junto, tentando cantar. Algumas músicas que o cara resolveu tocar pareciam ter sido escolhidas para me dar um soco no estômago. Pelo menos 4 vezes tive que sair da sala para chorar... E chorei muito. Era insuportável ouvir “Como uma onda no mar” nessas circunstâncias. E cantar “Epitáfio” era absurdo demais.
Minha pequena estava bem fragilizada por causa da quimioterapia. Mesmo com a tia Aline fazendo palhaçadas, ela mal esboçava um sorriso. Vomitou muito e o semblante da criança que deu entrada no hospital foi embora rápido. Isso foi desesperador para os tios. Os dois desabaram no corredor do hospital. Choraram muito. Meu irmão principalmente.
Quando Ana Luiza nasceu, era o tio Alex, meu irmão, o único homem que estava na maternidade comigo. Assim que a pediatra saiu da sala de cirurgia com a pequena Ana Luiza nos braços, ela se dirigiu ao meu irmão, achando que ele fosse o pai. Entregou Ana Luiza pra ele, que chorando muito segurou ela no colo. Depois de passado o primeiro instante, ele virou “paparazzi” e tirou mais de 30 fotos da Ana Luiza, todas elas quase sequenciais: tomando o primeiro banho, colocando a roupinha, etc... As fotos ficaram horríveis, mas o importante é a história por trás delas. E só quem estava lá no nascimento dela, sabe explicar como foi emocionante. O tio Alex sempre foi apaixonado pela Ana Luiza e estava sendo desesperador pra ele, vê-la daquele jeito. Ele se sentia impotente, mas aquela sensação era a de todos nós. Nos restava ter muita fé e calma.
No dia em que Ana Luiza recebeu alta, tia Andréa e tio Marcelo, irmão do Marcos, chegaram de Belo Horizonte. Deu pra notar o alívio estampado no rosto deles assim que bateram o olho nela. Apesar de ter feito quimioterapia no dia anterior, Ana Luiza estava ótima: A nossa Ana Luiza de sempre. Em face disso, e com aprovação dos médicos, resolvemos ir ao Play Center. Estávamos todos muito animados, mas “mal acostumados”, achando que ela teria as mesmas reações da primeira quimio. Infelizmente, a pequena não suportou nem 2hs no Play Center. Foi apenas em 2 brinquedos infantis (Carrossel e Trenzinho) e logo se sentiu muito fraca e nauseada. Voltamos pra casa rápido e ela pode descansar tranquila.
No domingo, aproveitando que a imunidade ainda estava dentro de certa “normalidade” e ela estava se sentindo melhor, fomos com os tios de BH, ao Parque Ibirapuera. Ela tinha adorado o parque desde a primeira vez. Ficou encantada com tanto espaço pra brincar, com tantos cachorros diferentes, as bicicletas, os brinquedos, as pessoas... Novamente, não pudemos andar de bicicleta, desta vez por causa do horário, pois a gente ainda tinha que levar os tios para o Aeroporto. Ana Luiza não ficou tão triste, parecia estar mais resignada com sua situação, mas ficou a promessa que da próxima vez, passearíamos de bicicleta.
Promessa cumprida logo no dia seguinte: Com tio Alex e tia Aline, fomos novamente ao Ibirapuera. Desta vez alugamos bicicletas e Ana Luiza, indo na cadeirinha da bicicleta do Marcos, gritou bem alto: “Eu estou muuuuuitoooo feliiiiz!”. Era a primeira vez, em pouco mais de um mês, que minha filha demonstrava uma felicidade tão grande.
Ela realmente se divertiu muito. Foi tão bom vê-la feliz, rindo, curtindo o passeio e dando gargalhadas das corridas de bicicleta... perdi as contas de quantas vezes enxuguei as lágrimas enquanto pedalava. Olhava pro céu, pro lago, pra flores e tudo era motivo pra eu chorar de alegria. Deus estava nos dando uma linda oportunidade de curtir nossa filha, exatamente como antes. Como se ela não tivesse doença nenhuma.
Marcos e eu estávamos tentando dar um jeito de ir até o Aeroporto de Guarulhos, para nos despedirmos dos nossos irmãos postiços, Felipe e Frida. Eles estavam indo estudar na Espanha por vários anos e nós havíamos acompanhado todo o processo de seleção desde o início. Ficamos muito felizes pela vitória deles, mas definitivamente, esta não era a despedida que nós quatro imaginávamos. Mas dar um abraço apertado no tio Felipe e na tia Frida significaria muito para todos nós, principalmente para a pequena, que sempre fora alucinada pelo pais do Luck, o cachorrinho mais doido do planeta.
Tia Frida e tio Felipe estiveram conosco nos últimos 3 anos e eram muito mais que vizinhos. Quantos churrascos, sessões de cinema em casa, conversas na janela... quantos idas a Cachaçaria do Dedé, ao Empório Roma, ao restaurante da Bia... quantas risadas altas e sustos no condomínio... E durante os momentos iniciais de todo esse pesadelo, eles estiveram conosco o tempo todo. A gente precisava se despedir. Graças a Deus, conseguimos ir ao Aeroporto. Depois de muitas risadas e abraços apertados, o choro foi inevitável. Era uma mistura louca de sentimentos. Mas o mais importante deles estava lá: o amor fraterno.
Depois que todos os tios foram embora e apesar de todos os cuidados possíveis e inimagináveis que minha mãe e eu estávamos tendo com Ana Luiza (máscaras descartáveis, talheres e pratos separados, super higienização, etc) o inevitável aconteceu: Mucosite.
A mucosite é muito comum em pacientes que fazem quimioterapia. Como o tratamento destrói as células que estão se multiplicando, sejam saudáveis ou não, a mucosa é a primeira a sentir estes efeitos, pois ela se renova todos os dias. E em virtude da baixa imunidade, o corpo fica suscetível a qualquer microrganismo.
Ela estava com dificuldade para engolir a saliva, dizia que não conseguia engolir nada. Fazia um esforço absurdo para tomar um copo de leite ou água. Fiquei sentada ao lado dela na sala assistindo TV e monitorando a temperatura o tempo todo. Ela estava bem e apesar de não conseguir comer, ela estava bem disposta e rindo muito assistindo televisão.
Quando resolvi checar a temperatura pela milésima vez, o termômetro marcou 38ºC. Me deu um gelo na barriga. Saí correndo, chamando o Marcos e arrumando uma mochila pra ir logo para o hospital. Ana Luiza, quase chorando disse: “Não, mamãe! Eu não tô com febre! Coloca o termômetro de novo, acho que ele mediu errado... eu não quero ir pro hospital...”
Chegando na emergência, ela fez todos os exames rotineiros (hemograma, raios-X, hemocultura, exame de urina). Foi medicada e a febre foi embora em poucos minutos. Assim que a febre e a dor diminuíram (por causa dos efeitos do medicamento) Ana Luiza conseguiu comer um sanduíche com chocolate gelado e logo que a médica apareceu para avaliá-la, Ana Luiza foi enfática: “Já melhorei, tia!! Já posso ir pra casa, né?! Eu prometo que vou comer direito!” A médica riu e disse que infelizmente ela tinha que permanecer internada. Ela ficou triste, mas aceitou. Subimos para o apartamento e começou o primeiro tormento com os reais efeitos colaterais da quimioterapia.
Durante os dias seguintes, ela não conseguia comer nada. Chorava desesperada por causa da dor na boca e na garganta. Tomou um analgésico potente para aliviar a dor (Tramadol), mas logo que acabavam os efeitos ela voltava a chorar. Ela sentia fome e quando tentava comer alguma coisa, gritava de dor. Aquilo era uma facada no meu coração. Mas eu não podia perder o chão, pois ela precisava de mim... nem minha mãe, nem minha sogra conseguiam se controlar: Caíam no choro mesmo! Eu precisava me manter firme, cuidando dela, forçando-a tomar banho, forçando-a tomar os remédios, forçando-a a fazer a higiene oral.
Meus sogros foram para Belo Horizonte de coração partido. A vovó Eliane se despediu da Ana Luiza aos prantos, pois não conseguia controlar a angústia ao vê-la chorando tanto. Marcos também iria embora nesse mesmo dia. Eu queria tanto que ele ficasse, mas infelizmente alguém tinha que trabalhar. Quer dizer, tentar trabalhar.
Marcos voltou pra Manaus, mas deixou o coração aqui. Só de pensar em ficar sozinha aqui em SP, me dava uma angústia tão grande. Minha mãe ficou comigo, mas a presença do Marcos me dava uma segurança inexplicável. Queria tanto que ele ficasse, mas nessas horas eu tinha que pensar com a cabeça e não com o coração. Ele PRECISAVA ir. Saímos de Manaus largando tudo pra trás. Ele tinha inúmeras coisas para resolver e o mais importante: tentar voltar para São Paulo o mais rápido possível.
Ana Luiza ficou muito triste com a ida do “Puí”, mas ficou muito mais apavorada e arrasada com os efeitos da quimioterapia. Ela não conseguia dormir direito, rangia os dentes e babava muito, pois não conseguia engolir a saliva. Durante uma das madrugadas no hospital, ela acordou assustada e chorou muito. Gritando, ela dizia que aquilo era muito injusto, que papai do céu não gostava dela... Tentei abraçar minha filha e ela me empurrava dizendo: “Sai mãe! Não me abraça! Não adianta nada você ficar me abraçando... Papai do céu não gosta de mim... isso é um castigo muito grande! Eu sou apenas uma criança. Eu não fiz nada de ruim, eu sempre fui boazinha, isso é uma injustiça!! Já pedi tanto pra ficar boa e papai do céu não me ouve!!”
Ela ficou alguns minutos chorando e gritando muito. Ela disse que preferia morrer, do que fazer a quimioterapia. Eu apenas ouvia calada. Minha mãe, aos prantos e muito assustada, não conseguiu ficar perto. No fim, Ana Luiza deixou que eu a abraçasse. Segurei ela no colo e implorei que Deus tivesse misericórdia da minha pequena... imediatamente ela caiu no sono. Eu não chorei, apenas clamei por força. Segurei o desespero e fiz apenas o que eu podia fazer: Pedir força e misericórdia de Deus e dar todo o meu amor através daquele abraço.
No dia seguinte, ela acordou muito melhor. Acordou bem humorada, alegre e fazendo graça. Já minha mãe acordou totalmente arrasada. Não conseguia parar de chorar. Achava que Ana Luiza precisava ser atendida por um psiquiatra, que ela era muito criança pra falar daquele jeito, que não era normal, que isso, que aquilo...
Eu estava assustada também, mas na minha opinião, o episódio da noite anterior me pareceu mais uma espécie de desabafo, do que depressão ou qualquer outra coisa. A vida da minha pequena mudou, literalmente, do dia pra noite. Há pouco mais de 1 mês, ela vivia uma vida normal. Fazia balé, capoeira, estudava para as provas, ia para os aniversários dos colegas, ia para o cinema com as amiguinhas, passeava no shopping conosco, andava de bicicleta, brincava na casa dos vizinhos, assistia televisão, jogava videogame...
Me pareceu que Ana Luiza estava sufocada, agoniada e se sentindo numa prisão. Aquilo tinha sido um desabafo. Pra tranquilizar minha mãe, falei com a psicóloga e ela confirmou: Aquilo era normal e fazia parte da reação ao tratamento. Disse que Ana Luiza era muito inteligente e tinha um vocabulário muito rico, mas que a gente não se preocupasse, pois ela estava bem, mas eventualmente poderia ter alguns episódios desses.
Enfim, como a pequena não se alimentava direito, a série vermelha do sangue baixou e ela ficou muito anêmica. Ela precisava receber transfusão sanguínea. Eu fiquei assustada, Ana Luiza mais ainda.
A enfermeira entrou no quarto e nos comunicou que Ana Luiza precisaria tomar sangue. Com os olhos arregalados a pequena ficou me olhando assustada. Assim que a enfermeira saiu do quarto ela perguntou: “Eu vou tomar sangue?!! Engolir o sangue?!!” Rindo, eu expliquei que não. Que o sangue seria injetado na veia. Aí sim ela chorou... acho que ela preferia tomar o sangue pela boca, do que tomar as terríveis picadas, o verdadeiro pânico da Ana Luiza.
O drama de sempre: muito choro, desespero e tristeza até na cara das enfermeiras, mas graças a Deus, deu tudo certo. O problema do acesso periférico, é que Ana Luiza tem as veias “muito fininhas e dançantes”, ou seja, ruins! As danadas se escondem e as enfermeiras tem que ficar “procurando”. Um verdadeiro horror. Mas finalmente conseguiram uma boa veia e ficamos aguardando a temperatura do corpo dela ficar abaixo dos 36,5ºC, para poder receber a bolsa de sangue, coisa que só aconteceu de madrugada e felizmente ela não viu nada!
Imediatamente após a transfusão, os parâmetros melhoraram significativamente. A febre persistia, sempre no mesmo horário. Aquilo estava me apavorando. A cada 30 minutos eu checava a temperatura dela e sempre no início da noite a febre voltava.
Finalmente os médicos informaram que a cultura do sangue e da urina, não evidenciaram nenhum crescimento de bactérias e os médicos descartaram infecções. Entretanto somente a liberariam para ir pra casa, quando a febre cedesse e as defesas aumentassem. O quadro era de leucopenia febril (febre devido a baixa acentuada da imunidade) e manter ela no hospital era muito mais seguro do que ficar em casa, pois estava sendo monitorada, hidratada e medicada. E assim foi feito.
A mucosa melhorou muito, com os inúmeros bochechos e cuidados que a estomatologista havia recomendado (hidróxido de alumínio, enxaguante bucal sem álcool, haste de higiene oral, nistatina por 3 minutos e uma cápsula de vitamina E, após 20 minutos da limpeza). Logo ela começou a se alimentar melhor.
Após 48h sem febre e com os exames de sangue mostrando aumento da imunidade, ela recebeu alta. Fomos pra casa, mas eu ainda estava muito assustada. Minha vontade era colocar Ana Luiza numa bolha pra que nunca mais ele tivesse que ficar internada. Pura maluquice, afinal era apenas uma reação naturalmente esperada da quimioterapia. Mesmo assim redobrei os cuidados com a boca e ela passou a se alimentar melhor.
Recebemos várias visitas e o tio Alencar e a tia Nalva, dois grande amigos, vieram passar o dia conosco e fomos passear no parque da Aclimação. Foi um passeio rápido, só pra ela sair de casa, mas valeu muito a pena, pois ela sempre se divertia muito com eles.
Ela estava super bem. E numa das noites, antes de dormir ela disse: “Mãe, já estou boa. Acho que a gente já pode voltar pra Manaus.” Expliquei que ainda faltava muito, mas que ela estava ficando boa sim e que estava de parabéns por ser tão forte.
Ela me encheu de perguntas. Pela primeira vez conversou comigo sobre a doença (só conversava com o Marcos). Perguntou o que era célula, como a quimioterapia matava o câncer, como ela tinha contraído a doença...
Expliquei tudo de forma bem objetiva, mas ainda me doía muito ter que falar sobre isso com ela. Todavia era necessário, principalmente por que ela precisava saber que teríamos que voltar ao hospital novamente para continuar o tratamento. Após poucos dias em casa, voltamos a arrumar as malas e nos preparamos para mais uma internação. Desta vez ela estava mais consciente da necessidade da quimioterapia, mas estava mesmo muito feliz porque o papai voltaria de Manaus e assim que ela saísse do hospital ele já estaria em casa nos esperando.
A presença dos tios Alex e Aline foram fundamentais nessa internação. Já no hospital recebemos visitas de vários amigos que ainda custavam a acreditar no que estava acontecendo. Se continuava sendo difícil pra mim, que estava vivendo o problema, o que dizer de pessoas que só conseguiam lembrar dela esbanjando saúde?!
Ela começou a aplicação do segundo ciclo de quimioterapia exatamente no dia do meu aniversário. Eu sequer lembrava do meu aniversário e todos aqui em casa também esqueceram. Fui lembrada pela internet, quando abri meu e-mail e vi aquelas mensagens de lojas me desejando feliz aniversário. O único presente que eu poderia receber, seria a saúde restabelecida da minha filha, mas isso ainda levaria tempo. Me restava pedir serenidade para continuar e força para minha filha suportar o que ainda viria pela frente.
Ana Luiza parecia estar reagindo bem, apesar dos vômitos e náuseas absurdos. Logo no primeiro dia de quimioterapia ela fez o tio Alex sair correndo do hospital para buscar picanha com arroz. Pedido atendido. Mas infelizmente a comida não ficava na barriga. A tia Aline só faltou plantar bananeira pra tentar alegrá-la. Depois de muito insistir, a tia conseguiu convencê-la a ir até a escolinha pediátrica para prestigiar o voluntário que, toda sexta-feira, aparecia para animar a garotada, tocando violão.
Ana Luiza tentou se animar: tocou pandeiro, uns chocalhos e tentava acompanhar as músicas lendo as letras que as professoras entregavam. Eu ficava lendo junto, tentando cantar. Algumas músicas que o cara resolveu tocar pareciam ter sido escolhidas para me dar um soco no estômago. Pelo menos 4 vezes tive que sair da sala para chorar... E chorei muito. Era insuportável ouvir “Como uma onda no mar” nessas circunstâncias. E cantar “Epitáfio” era absurdo demais.
Minha pequena estava bem fragilizada por causa da quimioterapia. Mesmo com a tia Aline fazendo palhaçadas, ela mal esboçava um sorriso. Vomitou muito e o semblante da criança que deu entrada no hospital foi embora rápido. Isso foi desesperador para os tios. Os dois desabaram no corredor do hospital. Choraram muito. Meu irmão principalmente.
Quando Ana Luiza nasceu, era o tio Alex, meu irmão, o único homem que estava na maternidade comigo. Assim que a pediatra saiu da sala de cirurgia com a pequena Ana Luiza nos braços, ela se dirigiu ao meu irmão, achando que ele fosse o pai. Entregou Ana Luiza pra ele, que chorando muito segurou ela no colo. Depois de passado o primeiro instante, ele virou “paparazzi” e tirou mais de 30 fotos da Ana Luiza, todas elas quase sequenciais: tomando o primeiro banho, colocando a roupinha, etc... As fotos ficaram horríveis, mas o importante é a história por trás delas. E só quem estava lá no nascimento dela, sabe explicar como foi emocionante. O tio Alex sempre foi apaixonado pela Ana Luiza e estava sendo desesperador pra ele, vê-la daquele jeito. Ele se sentia impotente, mas aquela sensação era a de todos nós. Nos restava ter muita fé e calma.
No dia em que Ana Luiza recebeu alta, tia Andréa e tio Marcelo, irmão do Marcos, chegaram de Belo Horizonte. Deu pra notar o alívio estampado no rosto deles assim que bateram o olho nela. Apesar de ter feito quimioterapia no dia anterior, Ana Luiza estava ótima: A nossa Ana Luiza de sempre. Em face disso, e com aprovação dos médicos, resolvemos ir ao Play Center. Estávamos todos muito animados, mas “mal acostumados”, achando que ela teria as mesmas reações da primeira quimio. Infelizmente, a pequena não suportou nem 2hs no Play Center. Foi apenas em 2 brinquedos infantis (Carrossel e Trenzinho) e logo se sentiu muito fraca e nauseada. Voltamos pra casa rápido e ela pode descansar tranquila.
No domingo, aproveitando que a imunidade ainda estava dentro de certa “normalidade” e ela estava se sentindo melhor, fomos com os tios de BH, ao Parque Ibirapuera. Ela tinha adorado o parque desde a primeira vez. Ficou encantada com tanto espaço pra brincar, com tantos cachorros diferentes, as bicicletas, os brinquedos, as pessoas... Novamente, não pudemos andar de bicicleta, desta vez por causa do horário, pois a gente ainda tinha que levar os tios para o Aeroporto. Ana Luiza não ficou tão triste, parecia estar mais resignada com sua situação, mas ficou a promessa que da próxima vez, passearíamos de bicicleta.
Promessa cumprida logo no dia seguinte: Com tio Alex e tia Aline, fomos novamente ao Ibirapuera. Desta vez alugamos bicicletas e Ana Luiza, indo na cadeirinha da bicicleta do Marcos, gritou bem alto: “Eu estou muuuuuitoooo feliiiiz!”. Era a primeira vez, em pouco mais de um mês, que minha filha demonstrava uma felicidade tão grande.
Ela realmente se divertiu muito. Foi tão bom vê-la feliz, rindo, curtindo o passeio e dando gargalhadas das corridas de bicicleta... perdi as contas de quantas vezes enxuguei as lágrimas enquanto pedalava. Olhava pro céu, pro lago, pra flores e tudo era motivo pra eu chorar de alegria. Deus estava nos dando uma linda oportunidade de curtir nossa filha, exatamente como antes. Como se ela não tivesse doença nenhuma.
Marcos e eu estávamos tentando dar um jeito de ir até o Aeroporto de Guarulhos, para nos despedirmos dos nossos irmãos postiços, Felipe e Frida. Eles estavam indo estudar na Espanha por vários anos e nós havíamos acompanhado todo o processo de seleção desde o início. Ficamos muito felizes pela vitória deles, mas definitivamente, esta não era a despedida que nós quatro imaginávamos. Mas dar um abraço apertado no tio Felipe e na tia Frida significaria muito para todos nós, principalmente para a pequena, que sempre fora alucinada pelo pais do Luck, o cachorrinho mais doido do planeta.
Tia Frida e tio Felipe estiveram conosco nos últimos 3 anos e eram muito mais que vizinhos. Quantos churrascos, sessões de cinema em casa, conversas na janela... quantos idas a Cachaçaria do Dedé, ao Empório Roma, ao restaurante da Bia... quantas risadas altas e sustos no condomínio... E durante os momentos iniciais de todo esse pesadelo, eles estiveram conosco o tempo todo. A gente precisava se despedir. Graças a Deus, conseguimos ir ao Aeroporto. Depois de muitas risadas e abraços apertados, o choro foi inevitável. Era uma mistura louca de sentimentos. Mas o mais importante deles estava lá: o amor fraterno.
Depois que todos os tios foram embora e apesar de todos os cuidados possíveis e inimagináveis que minha mãe e eu estávamos tendo com Ana Luiza (máscaras descartáveis, talheres e pratos separados, super higienização, etc) o inevitável aconteceu: Mucosite.
A mucosite é muito comum em pacientes que fazem quimioterapia. Como o tratamento destrói as células que estão se multiplicando, sejam saudáveis ou não, a mucosa é a primeira a sentir estes efeitos, pois ela se renova todos os dias. E em virtude da baixa imunidade, o corpo fica suscetível a qualquer microrganismo.
Ela estava com dificuldade para engolir a saliva, dizia que não conseguia engolir nada. Fazia um esforço absurdo para tomar um copo de leite ou água. Fiquei sentada ao lado dela na sala assistindo TV e monitorando a temperatura o tempo todo. Ela estava bem e apesar de não conseguir comer, ela estava bem disposta e rindo muito assistindo televisão.
Quando resolvi checar a temperatura pela milésima vez, o termômetro marcou 38ºC. Me deu um gelo na barriga. Saí correndo, chamando o Marcos e arrumando uma mochila pra ir logo para o hospital. Ana Luiza, quase chorando disse: “Não, mamãe! Eu não tô com febre! Coloca o termômetro de novo, acho que ele mediu errado... eu não quero ir pro hospital...”
Chegando na emergência, ela fez todos os exames rotineiros (hemograma, raios-X, hemocultura, exame de urina). Foi medicada e a febre foi embora em poucos minutos. Assim que a febre e a dor diminuíram (por causa dos efeitos do medicamento) Ana Luiza conseguiu comer um sanduíche com chocolate gelado e logo que a médica apareceu para avaliá-la, Ana Luiza foi enfática: “Já melhorei, tia!! Já posso ir pra casa, né?! Eu prometo que vou comer direito!” A médica riu e disse que infelizmente ela tinha que permanecer internada. Ela ficou triste, mas aceitou. Subimos para o apartamento e começou o primeiro tormento com os reais efeitos colaterais da quimioterapia.
Durante os dias seguintes, ela não conseguia comer nada. Chorava desesperada por causa da dor na boca e na garganta. Tomou um analgésico potente para aliviar a dor (Tramadol), mas logo que acabavam os efeitos ela voltava a chorar. Ela sentia fome e quando tentava comer alguma coisa, gritava de dor. Aquilo era uma facada no meu coração. Mas eu não podia perder o chão, pois ela precisava de mim... nem minha mãe, nem minha sogra conseguiam se controlar: Caíam no choro mesmo! Eu precisava me manter firme, cuidando dela, forçando-a tomar banho, forçando-a tomar os remédios, forçando-a a fazer a higiene oral.
Meus sogros foram para Belo Horizonte de coração partido. A vovó Eliane se despediu da Ana Luiza aos prantos, pois não conseguia controlar a angústia ao vê-la chorando tanto. Marcos também iria embora nesse mesmo dia. Eu queria tanto que ele ficasse, mas infelizmente alguém tinha que trabalhar. Quer dizer, tentar trabalhar.
Marcos voltou pra Manaus, mas deixou o coração aqui. Só de pensar em ficar sozinha aqui em SP, me dava uma angústia tão grande. Minha mãe ficou comigo, mas a presença do Marcos me dava uma segurança inexplicável. Queria tanto que ele ficasse, mas nessas horas eu tinha que pensar com a cabeça e não com o coração. Ele PRECISAVA ir. Saímos de Manaus largando tudo pra trás. Ele tinha inúmeras coisas para resolver e o mais importante: tentar voltar para São Paulo o mais rápido possível.
Ana Luiza ficou muito triste com a ida do “Puí”, mas ficou muito mais apavorada e arrasada com os efeitos da quimioterapia. Ela não conseguia dormir direito, rangia os dentes e babava muito, pois não conseguia engolir a saliva. Durante uma das madrugadas no hospital, ela acordou assustada e chorou muito. Gritando, ela dizia que aquilo era muito injusto, que papai do céu não gostava dela... Tentei abraçar minha filha e ela me empurrava dizendo: “Sai mãe! Não me abraça! Não adianta nada você ficar me abraçando... Papai do céu não gosta de mim... isso é um castigo muito grande! Eu sou apenas uma criança. Eu não fiz nada de ruim, eu sempre fui boazinha, isso é uma injustiça!! Já pedi tanto pra ficar boa e papai do céu não me ouve!!”
Ela ficou alguns minutos chorando e gritando muito. Ela disse que preferia morrer, do que fazer a quimioterapia. Eu apenas ouvia calada. Minha mãe, aos prantos e muito assustada, não conseguiu ficar perto. No fim, Ana Luiza deixou que eu a abraçasse. Segurei ela no colo e implorei que Deus tivesse misericórdia da minha pequena... imediatamente ela caiu no sono. Eu não chorei, apenas clamei por força. Segurei o desespero e fiz apenas o que eu podia fazer: Pedir força e misericórdia de Deus e dar todo o meu amor através daquele abraço.
No dia seguinte, ela acordou muito melhor. Acordou bem humorada, alegre e fazendo graça. Já minha mãe acordou totalmente arrasada. Não conseguia parar de chorar. Achava que Ana Luiza precisava ser atendida por um psiquiatra, que ela era muito criança pra falar daquele jeito, que não era normal, que isso, que aquilo...
Eu estava assustada também, mas na minha opinião, o episódio da noite anterior me pareceu mais uma espécie de desabafo, do que depressão ou qualquer outra coisa. A vida da minha pequena mudou, literalmente, do dia pra noite. Há pouco mais de 1 mês, ela vivia uma vida normal. Fazia balé, capoeira, estudava para as provas, ia para os aniversários dos colegas, ia para o cinema com as amiguinhas, passeava no shopping conosco, andava de bicicleta, brincava na casa dos vizinhos, assistia televisão, jogava videogame...
Me pareceu que Ana Luiza estava sufocada, agoniada e se sentindo numa prisão. Aquilo tinha sido um desabafo. Pra tranquilizar minha mãe, falei com a psicóloga e ela confirmou: Aquilo era normal e fazia parte da reação ao tratamento. Disse que Ana Luiza era muito inteligente e tinha um vocabulário muito rico, mas que a gente não se preocupasse, pois ela estava bem, mas eventualmente poderia ter alguns episódios desses.
Enfim, como a pequena não se alimentava direito, a série vermelha do sangue baixou e ela ficou muito anêmica. Ela precisava receber transfusão sanguínea. Eu fiquei assustada, Ana Luiza mais ainda.
A enfermeira entrou no quarto e nos comunicou que Ana Luiza precisaria tomar sangue. Com os olhos arregalados a pequena ficou me olhando assustada. Assim que a enfermeira saiu do quarto ela perguntou: “Eu vou tomar sangue?!! Engolir o sangue?!!” Rindo, eu expliquei que não. Que o sangue seria injetado na veia. Aí sim ela chorou... acho que ela preferia tomar o sangue pela boca, do que tomar as terríveis picadas, o verdadeiro pânico da Ana Luiza.
O drama de sempre: muito choro, desespero e tristeza até na cara das enfermeiras, mas graças a Deus, deu tudo certo. O problema do acesso periférico, é que Ana Luiza tem as veias “muito fininhas e dançantes”, ou seja, ruins! As danadas se escondem e as enfermeiras tem que ficar “procurando”. Um verdadeiro horror. Mas finalmente conseguiram uma boa veia e ficamos aguardando a temperatura do corpo dela ficar abaixo dos 36,5ºC, para poder receber a bolsa de sangue, coisa que só aconteceu de madrugada e felizmente ela não viu nada!
Imediatamente após a transfusão, os parâmetros melhoraram significativamente. A febre persistia, sempre no mesmo horário. Aquilo estava me apavorando. A cada 30 minutos eu checava a temperatura dela e sempre no início da noite a febre voltava.
Finalmente os médicos informaram que a cultura do sangue e da urina, não evidenciaram nenhum crescimento de bactérias e os médicos descartaram infecções. Entretanto somente a liberariam para ir pra casa, quando a febre cedesse e as defesas aumentassem. O quadro era de leucopenia febril (febre devido a baixa acentuada da imunidade) e manter ela no hospital era muito mais seguro do que ficar em casa, pois estava sendo monitorada, hidratada e medicada. E assim foi feito.
A mucosa melhorou muito, com os inúmeros bochechos e cuidados que a estomatologista havia recomendado (hidróxido de alumínio, enxaguante bucal sem álcool, haste de higiene oral, nistatina por 3 minutos e uma cápsula de vitamina E, após 20 minutos da limpeza). Logo ela começou a se alimentar melhor.
Após 48h sem febre e com os exames de sangue mostrando aumento da imunidade, ela recebeu alta. Fomos pra casa, mas eu ainda estava muito assustada. Minha vontade era colocar Ana Luiza numa bolha pra que nunca mais ele tivesse que ficar internada. Pura maluquice, afinal era apenas uma reação naturalmente esperada da quimioterapia. Mesmo assim redobrei os cuidados com a boca e ela passou a se alimentar melhor.
Recebemos várias visitas e o tio Alencar e a tia Nalva, dois grande amigos, vieram passar o dia conosco e fomos passear no parque da Aclimação. Foi um passeio rápido, só pra ela sair de casa, mas valeu muito a pena, pois ela sempre se divertia muito com eles.
Ela estava super bem. E numa das noites, antes de dormir ela disse: “Mãe, já estou boa. Acho que a gente já pode voltar pra Manaus.” Expliquei que ainda faltava muito, mas que ela estava ficando boa sim e que estava de parabéns por ser tão forte.
Ela me encheu de perguntas. Pela primeira vez conversou comigo sobre a doença (só conversava com o Marcos). Perguntou o que era célula, como a quimioterapia matava o câncer, como ela tinha contraído a doença...
Expliquei tudo de forma bem objetiva, mas ainda me doía muito ter que falar sobre isso com ela. Todavia era necessário, principalmente por que ela precisava saber que teríamos que voltar ao hospital novamente para continuar o tratamento. Após poucos dias em casa, voltamos a arrumar as malas e nos preparamos para mais uma internação. Desta vez ela estava mais consciente da necessidade da quimioterapia, mas estava mesmo muito feliz porque o papai voltaria de Manaus e assim que ela saísse do hospital ele já estaria em casa nos esperando.
Impressionante como você consegue escrever bem...
ResponderExcluirAqui agente fica só na torcida ! Vai dar, já está dando tudo certo. Deus está no comando, é questão de tempo.
Mas, desejo a vcs muita serendidade, força e paciência!
Uma beijoca na Ana e um abraço bem apertado em vcs.
Fiquem, com Deus.
Contem conosco no que for preciso ! :)
Afffffffffffff Carol, é de tirar o folego, lendo tudo isso!!
ResponderExcluirEu tbm concordo com vc, acho que a Princesa precisa desabafar de vez enquando..Ela sente falta da "Vida Normal" que ela tinha, né!!??
Vamos continuar orando e pedindo força para vcs e prá ela.
Conte com a gente.
Bjos e saudades.
Carol, venho diariamente aqui ver como ela está, criei até uma conta no twitter somente para "acompanhá-la". Reforce sempre que o Papai do Céu a ama e que ela ficará boa, que Ele devolverá sua vidona de antes... Tenho fé nisto.
ResponderExcluirVocês logo logo voltarão a Manaus, bem e felizes!!!
Um grande beijo dessa mãe que torce e ora sempre por vocês!!!
Valéria
Carol, sua uma das inúmeras anônimas que torce pela recuperação da Ana Luiza. Me emociono a cada post ou notícia no twitter. Não tenho filhos, mas tenho um sobrinho de apenas dois anos. Só de imaginar as cenas que vc descreve, caio no choro. Você é uma guerreira e já é vitoriosa por estar aí lutando pela saúde de sua filha. Certamente, Deus está com vcs. Ele é a única explicação para tanta força. Que essa garotinha aguente um pouquinho mais e volte pra casa em breve curada.
ResponderExcluirUm grande beijo na família.
Mariane Cruz
Olá Carol, vi seu blog hoje e estou impressionada! Você escreve muito bem e conseguiu transmitir de forma incrível o misto de sentimentos a que somos submetidos ao descobrir que um filho lindo e perfeito é diagnosticado com uma doença tão cruel. Parece que a vida para e não conseguimos pensar em outra coisa. Parece que o chão de abre à nossa frente e ficamos ao léu. Através dos seus relatos, pude reviver um pouco deste misto de emoções. Não é fácil e parece que jamais iremos nos recuperar. Somente Deus para nos dar forças a cada dia, pois "Suas misericórdias renovam-se a cada manhã".
ResponderExcluirÉ notório que a Ana Luiza é uma criança incrível, iluminada e abençoada e vai sair desta. Ela é muito corajosa, ainda mais tendo uma família tão especial ao seu lado.
Fico aqui torcendo por vocês e a partir de hoje ela estará nas minhas orações.
Grande beijo pra vcs!
Oi, Carol!
ResponderExcluirEstou sempre por aqui! Me emociono muito com sua força e tenho aprendido muita coisa com você!
Rezo sempre por vocês e tenho certeza que tudo vai terminar bem e essa baixinha vai ter muita história pra contar!
Um grande beijo pra familia!
Carol, mãe linda, especial, separada por Deus pra ser mãe de uma filha ainda mais linda e especial.Deus está no controle de toda essa situação que ao olhos humanos é desesperadora. Creio em Deus Pai todo poderoso, criador do céu e da terra e tbm no seu filho unigenito e por isso creio na cura da Ana Luiza. Carol, espera no Senhor sem disitir, na certeza que Ele não falha, tudo Ele já preparou, Seu Amor nunca mudou!!!
ResponderExcluirUm grande beijo na família, em especial na #ForçaAnaLuiza
Ola carol, nao sei se lembra de mim Josi amiga da Luana Dori, morei em manaus ha anos atras. Estudei e me formei com o Alex. Soube da sua filha atraves de uma amiga e estou torcendo muito pra que tudo der certo. Tenho amiga ai em SP que eh nutricionista do Hospital Metropolitano que cuida de criancas, e ela tem uma super amiga que trabalha no Hospital que Ana Luiza está. Quando estiver la, precisando de alguma coisa me diz o quarto dela que com certeza irao te acompanhar em tudo que precisar. Te add no facebok Josielle vanderlei bjs e pensamento positivo!
ResponderExcluirOlá Carol, eu sou de Manaus, mas moro em Curitiba. Hoje estava esperando o ônibus em frente ao hospital Pequeno Príncipe - hospital que faz tratamentos de câncer em crianças. Cada criança que passava com seus pais e a touquinha na cabeça, evidenciando o tratamento com quimioterapia, eu imaginava a história daquela família, o sofrimento, a angústia, mas também a alegria por cada melhora que seus filhos apresentavam... Pensava naqueles que moravam longe, em pequenas cidades do interior e não tinham condições de morar dignamente na capital, mas mesmo assim estavam ali com seus pequenos vitoriosos.E cada família que passava por ali com o filho carequinha no colo e falando sobre coisas normais, rindo do que a gente tem que rir e tentando viver a vida da maneira mais normal possível no meio do turbilhão de coisas que acontece em tão pouco eu lembrava de vocês, da Ana Luiza com toda sua força e jeito despachado de viver.
ResponderExcluirConversei coisas banais com uma senhora que estava esperando a carona no ponto de ônibus e ao seu lado estava um menino de uns 7 anos, olhos alegres e azuis... e a touca na cabeça. Falei sobre a demora do ônibus, sobre o trânsito, sobre a bagunça da cidade, mas na verdade estava querendo falar "Força" ou "se precisar de alguma coisa entra em contato, este é o meu número". Mas na loucura do que ela está vivendo, viver uma conversa "normal" talvez fosse a maneira de ajudá-la.
Torcendo o tempo inteiro pela pequena Ana Luiza, que já mostrou ser grande o suficiente para superar a anormalidade!
Beijos!
Carol, continuo acompanhando seu blog e pedindo por sua Ana Luiza. Acredito que toda prece/oração é escutada por alguém lá de cima, e tantas orações tem sido feitas para sua filhota. Eu sei que vc acredita, mas nós, que nem mesmo conhecemos vcs, também acreditamos na cura da Ana Luiza. Tenhamos todos muita fé,sempre viu!
ResponderExcluirbjs
Eu de novo Carolina.....nem sei se vc QUER ler o que estou escrevendo, mas estou extremamente envolvida com sua história, pois como te falei é extamente igual a minha, as diferenças são a idade das meninas, a minha tem 3 anos, e o tipo de tumor , a Mariana teve um ependimoblastoma. Por mais que o tumor da Ana Luiza seja mais sério e que haja metástase, acredite, DEUS PODE TUDO! Desde o começo da nossa história eu NUNCA tive dúvida que tudo iria passar e que a minha filha seria curada. Nunca questionei pq Deus estava fazendo aquilo conosco. Sofri feito uma louca, mas sei que essa é a missão da mariana e que ela tem que passar por isso. A minha missão é ajudá-la a passar da melhor forma possível. Se tiver curiosidade leia o meu blog ( que por sinal tem o mesmo layout que o seu e o primeiro texto chama-se "O Começo"(www.nossalutacontraocancer.blogspot.com.) Querida, sua Ana Luiza já está em minhas orações, coloque-a nos braçaos de Jesus Cristo, imagine a cena de um campo verde, com uma árvore enorme e frondos, embaixo dela Jesus Cristo sentado todo de branco e sua filha deita em sua perna e ele fazendo carinho na cabeça deala com muita tranqulidade e Amor, essa imagem nos tranquiliza, pois Jesus nos ama imensamente e só quer nosso bem. Deus curará sua filha, em nome de Jesus Cristo! Não sou de religião nenhuma, mas aprendi a dar Glória a Deus por todas as coisa e que seu Filho morreu para que não sofrêssemos. Sua filha será CURADA! Poste fotinhos dela. beijos e fique em paz!
ResponderExcluirOi! Carol, não sei se você lembra de mim, mas sou amigo do Diego (pai biológico), de Boa Vista, e estamos todos rezando e torcendo muito pela Ana Luiza aqui, todos os amigos e familiares do Diego e da Ana Luiza. Tive a oportunidade de conhecê-la na casa dos avós paternos dela, em uma das visitas que a Ana Luiza os fêz, e a memória que tenho dela é de uma menininha linda, e nunca, em nenhuma hipótese imaginei que o Diego pudesse passar por uma situação dessas, muito menos a familia dele. Você pode fazer idéia de como estão sofrendo aqui. Temos acompanhado toda a história, mais pelo Diego e pela família dele, mas passamos a acompanhar também pelo seu blog, e posso dizer que está sendo muito bom, pois está mantendo todos informados de tudo. Sei que o sofrimento que estão passando é cruel, pois sou pai de uma menina linda também, sem falar no meu filhinho de sete meses de idade, mas, como pai, tenho que dizer que os comentários que você coloca aqui no blog me preocupam. Em resumo, você está declarando que o Diego um pai da pior espécie, negligente, ausente, mesquinho...canalha, como já falaram pra ele. e etc. Mas nós aqui sabemos que isso não é verdade, sou testemunha de que o Diego é louco apaixonado pela filha, tentou, e está tentando mais ainda se aproximar dela. Sabemos, por exemplo, que ela não o chama de pai na presença de você e do Marcos, o que é uma crueldade. Sou pai, e não imaginaria a minha própria filha não me chamar de pai. Sei que ela não faz isso por vontade própria, pois testemunhei o apego que ela tem ao pai e a familia paterna. Outra coisa que me preocupou foi o fato relatado por você aqui de que o Diego está proibido por vocês de pegar qualquer documento referente ao tratamento dela. Independente do motivo, ele é o pai, e tem o direito sim de obter qualquer coisa referente a filha dele, mesmo havendo uma disputa judicial. Pelo que sabemos, o Diego não passa mais tempo com a filha principalmente porque você e o Marcos não permitem, e eventualmente devido as responsabilidades que ele tem com trabalho e a vida dele em Boa Vista. Mas por vontade dele, ele nem teria saído de São Paulo desde que soube que a Ana Luiza estava doente, e passaria todo o tempo cuidando dela, justamente o que vocês estão fazendo e impedindo que ele faça. Então, apelo a você, não faça isso. Meu também tem uma filha que está sendo afastada dele pela mãe, e sei que isso é muita crueldade. E digo mais, se o diego fosse tão mal carater como está sendo pintado, pra que ele iria pra São Paulo ver e cuidar da filha que ele "supostamente abandonou"?
ResponderExcluirAndré Dias
Oi Carol. Não sei se você lembra de mim, sou amigo do Diego, pai (biológico) da Ana Luiza. Todos os amigos e familiares do Diego estão torcendo e rezando pela Ana Luiza. Estamos acompanhando toda a história pelo Diego e pela família dele, e agora estamos acompanhando também pelo seu blog, e posso dizer que está sendo muito útil, pois podemos acompanhar praticamente em tempo real tudo o que acontece. Conheci a Ana Luiza na casa dos avós paternos, em uma das visitas que ela os fez, e a lembrança que tenho é de uma menininha linda e simpática. Tenho consciência da barra que estão passando, mas não posso deixar de comentar a respeito do que você escreveu sobre o Diego. Quem lê, tem a certeza de que ele é um crápula mau caráter, mas nós aqui sabemos que isso não é verdade. Sou testemunha do afeto dele pela filhinha e sei que ele é louco apaixonado por ela, e ela sempre retribuiu reciprocamente. Fiquei assustado também com o fato de você e o Marcos proibirem o Diego de ter acesso a qualquer documento do hospital referente ao tratamento da filha, ele é o pai, e tem tanto direito quanto a mãe de ter acesso a qualquer coisa referente a filha, mesmo que haja uma disputa judicial. Sei que ela não chama o Diego de PAI na sua frente e do Marcos, mas ela não faz isso por vontade própria. Eu não conseguiria imaginar a minha filha não me chamar de pai, isso é assustador. O Diego tem vivido um inferno depois que a Ana Luiza ficou doente, pois além da doença, sabendo que o caso é muito grave, ele tem que enfrentar você e o padrasto da filha dele. Ele tem se esforçado pra estar ao lado da filha esse tempo todo, e só não fica junto dela cuidando 24 horas por dia por que vocês não deixam, e ele está tentando manter a diplomacia entre as partes, o que eu acho um erro. Mas, se fosse por ele, ele não sairia do lado dela. Sabemos que o afastamento que ele teve até hoje da filha não foi causado por vontade dele. Portanto, eu te digo, não faça isso. Deus vai permitir que Ana Luiza seja curada, e quando isso acontecer, não deixe que ela cresça distante do pai, achando que o pai não se importa com ela, porque não é verdade e ele não quer e não merece isso.
ResponderExcluirAndré Dias
André Dias,
ResponderExcluirO Sr. Pai Biológico todas as vezes que quis ver a filha, viu. Só que não foram lá tantas assim, né?! E se ela me chama de pai foi porque ela escolheu. Talvez porque Pai, com “P maiúsculo"" é o cara que cria, dá carinho, educa e paga as contas. Coisas que o Sr. Pai Biológico nunca fez!!! Sete anos!
E, como amigo dele, vocês devem ter passado bons momentos juntos! Será que ele nunca teve mesmo condições de regularizar a situação com a filha?
Talvez você esteja chateado porque sempre ouviu só um lado da história, e agora está conhecendo a verdade!
Obrigado pelo carinho com ela, mas se você quer aproximar pai e filha, aconselhe seu amigo e não a nós, que criamos ela muito bem, obrigado!
Marcos Varella
@mv_mao
ps. Em 2008, a última vez que ele nos procurou, prometeu resolver visita e pensão, pois “finalmente” tinha condições. Dois anos se passaram (sem nem um telefonema para ela, diga-se de passagem) e ele só se moveu depois de entrarmos em contato e pedirmos a guarda dela. Talvez cada pai tenha uma saudade diferente.... Você seria assim também se a mãe dos seus filhos supostamente te "proibisse" de vê-los? Sete anos?!
Quem será que está com a verdade? Muito me admira você vir a público só agora. Será que é porque, por um motivo trágico, a historinha que seu amigo sempre contou se revelou uma farsa em Boa Vista?!
Oi André.
ResponderExcluirBom, o intuito principal desse blog, é falar sobre uma das piores tragédias que poderiam acontecer com uma família. Talvez eu nunca tenha palavras para explicar o desespero que temos passado. Espero que você tenha conseguido se colocar na minha situação e na do meu marido, afinal é pai também.
Infelizmente, tudo que tenho narrado aqui, são fatos vistos sob MINHA perspectiva. Diferente do que você possa acreditar, eu consigo imaginar o sofrimento do Diego e por esse motivo, ele e todos de sua família estão sendo muito bem recebidos em nosso apartamento aqui em SP. Todos eles tem nossos telefones e podem falar com Ana Luiza todos os dias, se assim for do desejo deles. Ana Luiza os trata com muito carinho e educação, prova de que nunca foi influenciada a nutrir sentimentos ruins por eles, como eles querem fazer crer. Muito antes de tudo isso acontecer, era exatamente da mesmo forma que nos comportávamos e eles só não tem um relacionamento maravilhoso com Ana Luiza, por culpa exclusiva deles. Se eu tiver que engolir o sapo e lagoa junto, em nome do bem estar da minha filha, acredite: Eu vou engolir. Talvez, para o Diego e sua família seja muito difícil reconhecer que há 7 anos eles vem repetindo os mesmo erros.
André, acredite: Não tenho motivos para inventar ou falar mal de alguém. Passei todos estes anos vivendo minha vida, sem me preocupar em desmentir uma dezena de boatos a meu respeito, por que eu aprendi (graças a Deus), que reputação é o que os outros pensam de você e consciência é o que você pensa de si mesmo. E acredite, minha consciência está super tranquila quanto às minhas atitudes com o Diego e família dele.
Narrei o que aconteceu. Se você achou justo ou não, isso cabe a uma pessoa que conhece todos os lados avaliar. Mas você tem o direito de defender um amigo de longa data. Inclusive entendo perfeitamente teu ponto de vista. Pois quando uma pessoa passa mais de 7 anos ouvindo apenas um lado da história, é comum que a uma mentira se transforme em verdade. Essa é a primeira vez, em mais de 7 anos, que algum amigo do Diego se manifesta sobre esse assunto. Até então, tudo estava indo super bem, né?
Mas deixa eu te esclarecer uma coisa: Engravidei de Ana Luiza aos 19 anos e nunca, veja bem, NUNCA, recebi qualquer apoio do Diego e de sua família. Ao contrário, ele fez questão de enfatizar para mim, que eu era apenas mais um caso, como tantos outros que ele tinha. E os pais do Diego não me receberam de braços abertos e superfelizes. Acredite! Mas até isso eu relevo. Duas crianças que surgiram de uma gravidez indesejada, é demais para qualquer família, principalmente para aquelas que sentem necessidade de dar satisfação para a sociedade.
Você não conheça minha vida. Talvez eu não passe da “mulher que, irresponsavelmente, engravidou do seu grande amigo Diego”. Mas acredite, eu sou uma pessoa de carne e osso, que após receber a notícia da gravidez, apenas encarou o problema com responsabilidade, aceitando as consequências. Me formei mesmo grávida, comecei a trabalhar, casei e minha vida foi tomando um rumo. E o Diego? O que ele tem feito de tão importante nos últimos 7 anos, que não pôde regularizar sua situação junto a própria filha? Porque, somente após 3 meses do nascimento, ele quis assumir a paternidade dela? Que esforços REAIS ele fez para acompanhar seu crescimento? E a família do Diego? Eles nunca tiveram condições financeiras de vir até Manaus visitá-la ou assumir um compromisso financeiro com a neta, já que o próprio Diego era muito “pobre”? Ou era mais conveniente visitá-la somente quando EU pagava a passagem e ia para Boa Vista, visitar meus pais?
Cont...
ResponderExcluirEm diversas dessas minhas idas a BV, você teve a chance de conhecer Ana Luiza, ou seja, o relacionamento (e interesse) deles só existia porque eu ia a Boa Vista. Ah, e pasmem, apesar de você ter conhecido Ana Luiza na casa dos pais dele, eles alegam que Ana Luiza sempre foi proibida de ir até a casa dos avós paternos!!
Acredite, André: Eu quero o bem da minha filha. Minha vida gira em torno dela, há mais de 7 anos. Jamais faria algo para prejudicá-la. E terei um enorme prazer em ter o Diego e a família dele fazendo parte da nossa vida. Só não vou ficar mendigando amor de ninguém. Mesmo nos dias de hoje, um pedido de desculpas sincero, consegue acabar com anos de desentendimentos. Mas isso é algo que eles são totalmente incapazes de fazer, pois significaria reconhecer para todos vocês, que erraram muito com Ana Luiza e com a família que tem sustentado ela até hoje. Após anos de negligência e abandono, eles querem regularizar tudo. Mas apenas ir até a justiça, oferecer alimentos e regularizar visitas, não é suficiente. Eles PRECISAM justificar o abandono, colocando a culpa em mim e no Marcos, as pessoas que sempre estiveram ao lado dela, desde muito antes de tudo isso (doença) acontecer.
André, pensa bem. São 7 anos. Não são 7 meses.
Em 7 anos, nem o Diego, nem ninguém da família dele, teve a sensatez de fazer o que é certo. De fazer o que qualquer pai interessado tem a obrigação de fazer: Regularizar visitas e pensão.
Oportunidade, eu creio que não faltou. Talvez tenha faltado conselhos de amigos como você. Que é um cara responsável, que é pai de 2 filhos e que nunca deixou faltar nada para eles... Cada pessoa nesse mundo, tem que arcar com as consequências de seus atos. Se este é o momento em que finalmente, estou tendo a chance de me defender de algumas mentiras repetidas como ladainha em BV, infelizmente chegou o momento. Ele não é nada agradável para ninguém, pois eu também estou me expondo e dando minha cara a tapa. Mas eu jamais faria isso se a verdade não estivesse do meu lado.
A verdade é uma só. E as vezes, ela dói muito. Até para amigos que nem imaginavam a dimensão do problema, pois viviam sob uma cortina de fumaça.
Todos esses anos ouvi tantas histórias, tantas mentiras, tantas desculpas... Mas nunca me preocupei em desmentir, porque nunca você, ou alguém da sua família, ou qualquer amigo do Diego, veio me perguntar se estava tudo bem com Ana Luiza. Para você ter um exemplo, você já perguntou ao Diego e sua família o quanto eles já desembolsaram em favor de Ana Luiza, no meio dessa tempestade em que estamos? Perguntou se eles se ofereceram para nos ajudar a custear nossos gastos em SP? Eu larguei meus 2 empregos e nossa renda diminuiu sensivelmente, mas até hoje nunca alguém da família dele, me perguntou se estávamos tendo condições de arcar com todas as despesas de Ana Luiza. Não que a gente esteja precisando, mas perguntar faz parte, você não acha? Ser pai biológico é muito fácil. Qualquer menino de 12 consegue fazer o que Diego fez. O Marcos, meu marido e pai da Ana Luiza, não está sendo apenas o padrasto dela. Está sendo MUITO mais que isso, quer você queira, ou não.
Cont...
ResponderExcluirO fato é que nenhum de vocês estavam realmente preocupados com minha filha, enquanto ela estava sendo sustentada, criada e educada por mim e meu marido. Ela só passou a ser uma preocupação em virtude dessa tragédia e umas consequências de sabor amargo, à família do Sr. Diego. André, você sabe, melhor que eu, que ser pai, não é apenas pegar um filho e levá-lo para passear na fazenda, levar pra tomar um sorvete, comprar uma boneca.
Não venha me aconselhar. Por favor. Aconselhe seu amigo. Talvez se você tivesse feito isso há pelo menos uns 5 anos, a relação do Diego e da filha fosse infinitamente melhor. Apenas, não venha, a essa altura do campeonato, sem saber nem metade dos fatos, tentar fazer alguém acreditar que Diego é um excelente pai.
Não tenho dúvidas de que ele seria, se tivesse assumido suas responsabilidades. Ou de que será, quando tudo estiver resolvido. Mas querer nos fazer crer que Diego só não foi um bom pai porque EU não deixei, é demais até para amigos dele, como você.
Oi denovo Carol,
ResponderExcluirObrigado por ter respondido as mensagens. É claro que eu não vou passar a vida me correspondendo com você por este blog, ainda mais pra discutir este assunto, mas gostaria ainda de fazer alguns comentários.
Quanto a você, merece todos os méritos por ter dado a Ana Luiza uma ótima criação, e vai continuar fazendo isso. Mas pelo que percebi, as suas queixas contra o Diego são em maioria de cunho econômico e judicial, pensão, visitas, guarda, etc. Isso, vocês devem regularizar na justiça e nem cabe a ninguém comentar. Mas eu não acredito, de forma nenhuma, que pro Diego visitar a filha deve-se primeiro definir a questão das visitas. Isso pode ser resolvido traquilamente em consenso entre vocês dois.
O que eu tentei fazer não foi convencê-la de que o Diego é um exemplo de pai, mas sim de apelar pra você que não reprima a figura dele da cabecinha da filha, que mesmo com todas as diferenças que vocês tem não deixe que a morra o afeto que ela tem por ele, resumindo, pra ela ele deve ser um bom pai. Isso me preocupa porque quem lê o que você escreve dele acha que ele é um canalha, você acha que a própria Ana Luiza nunca vai ler isso? Eu não sei o que você fala dele pra ela, mas se tiver um terço do que tem aqui...! Tem gente que conhece o Diego que lê o blog acha que ele é um f...d...p... e tem muito mais gente que não conhece ele que pensa coisa pior, imagina a filha?
Essa história de que ela escolheu o Marcos pra chamar de pai é uma mentira, conversa, uma criança de sete anos não tem discernimento para fazer esse tipo de escolha, não vou dar detalhes mas eu sei muito bem do que eu estou falando.
Eu costumo ser reservado, não me envolver nos assuntos pessoais de ninguém. Como eu nunca tive contato com você, nunca tomei iniciativa de te perguntar nada a respeito de vocês. Mas você criou uma oportunidade muito boa pra isso, criando o blog. Como todo mundo comenta aqui, inclusive pessoas daqui de Boa Vista, eu tomei a liberdade de fazer também. Você diz que eu só conhecia um lado da história, se era assim, você passou a me mostrar o outro lado. Mesmo assim continuo com as mesmas convicções.
Quanto a essa negligência atribuída ao Diego, de que ele quase nunca visitou a filha, que não dá um telefonema, há controvérsias, ao contrario do que você pensa nós sabemos tudo o que aconteceu, mas isso não será objeto de nenhum comentário meu, mesmo porque, eu me sinto mal em ficar falando dessas coisinhas, porque o foco disso é a Ana Luiza que está doente. Mas lembro, principalmente ao Marcos aí, O PAI DA ANA LUIZA É O DIEGO, o sangue que corre nela é do Diego, o Marcos é padrasto.
cont.
Nós aconselhamos sim o Diego, claro, se ele seguisse nossos conselhos ele poderia até ter a guarda da Ana Luiza, ou pelo menos a guarda compartilhada, ficaria no hospital com a filha o tempo que ele quisesse, sem horários prédefinidos, exigiria qualquer documento da filha seja do hospital ou qualquer outro, faria a filha lhe chamar de PAI independente de quem esteja perto etc. Pra mim, isso é um direito dele. Mas tudo bem, como você sabe ele não segue nossos conselhos.
ResponderExcluirAté agora eu fui o único a falar em nome do Diego, nem ele próprio fez isso, e nenhum amigo dele fez. Já que todo mundo tem acesso ao blog, que vejam também a perspectiva dele, e dos amigos dele. Carol, o que importa é que o Diego não é nenhum psicopata, você sabe disso, então, cuide pra que isso não chegue na sua filha, pra ela não ignorar o pai quando tiver 12 anos e passar mais uns 20 anos sem falar com ele.
Encerro desejando feliz ano novo, e espero que a Ana Luiza se recupere logo, estamos todos torcendo.
André,
ResponderExcluirAna Luiza trata todos da família do Diego, inclusive o próprio, com muito carinho e educação. Ela SEMPRE demonstrou afeto e respeito por todos eles e NUNCA incentivamos que ela sentisse qualquer coisa ruim pelo Diego e a família dele. Em nossa casa, existem fotos da família do Diego e do próprio, para que ela nunca esqueça quem é seu pai biológico. Ela sabe que o Marcos é o seu padrasto, e sabe perfeitamente o que ele tem feito como padrasto e o que o Diego tem feito como pai. Mas você sabe porque nunca proibi um relacionamento entre Diego e Ana Luiza? Porque isso seria crime, André. E um crime, contra minha própria filha. Um dia, Ana Luiza poderá tirar as próprias conclusões e ela tem todo o direito de fazer isso, inclusive de me questionar e questionar o pai biológico. Eu não tenho poderes para adivinhar o futuro, mas tenho condições de criá-la para encarar a verdade. As controvérsias de que ele nos procurou ou não, podem ser facilmente solicitadas judicialmente. Eu não tenho o que temer, nem o que esconder. Se a sua preocupação é com o afeto que Ana Luiza tem por eles, saiba que ele continua inabalado, graças a forma como Marcos e eu temos criado Ana Luiza e não pelo esforço que eles tem feito para manter-se próximos dela.
"Cada um só colhe aquilo que planta" Bjão amiga!
ResponderExcluirMarcos!!Você é o melhor PAI (da Ana Luiza) do mundo!!! Deus sabe disso...E a Ana também!!:)
ResponderExcluirForça!!
Jussara e fml
Inacreditável que alguém consiga falar de assuntos tão particulares e em um momento de tamanha luta dessa família. André, vai cuidar dos seus filhos e da sua relação com eles.Vc não percebe que esse casal já está sofrido demais, que a doença dessa criança é séria demais pra vc ainda ficar causando mais problemas ??? Vai rezar e pedir a Deus pela saúde dos seus filhos.
ResponderExcluirSorte pra essa família linda e lutadora.
Eli
Carol, não perca seu tão precioso tempo com esse tipo de conversa. Aproveite seu tempo tranquilo pra descansar, relaxar um pouco, vc merece muito. Essas pessoas como o André, fazem parte do tempo dificil que vcs estão vivendo, eles surgem pra vcs reafirmarem como o amor de vcs tres é grande e capaz de superar todos esses algozes. Deus é Pai e vou pedir muito a ELE que afaste de vcs esses espíritos ruins e insensíveis.
ResponderExcluirBjs e PARABÉNS pela família.
de Manaus.
Incrível como uma pessoa tem a capacidade de dizer que se não tinha escutado os dois lados da história, agora que escutou, ainda assim, continua com as mesmas convicções. Isso é o que eu chamo de ser burro, incapaz de raciocinar e no mínimo pesar os dois lado pra adquirir um novo olhar a respeito do assunto. Mas, parece que ser cego e sem noção é o que cerca o pai biológico de Ana Luiza, isso tudo só faz mostrar melhor que tipo de pessoa ele é.
ResponderExcluirAh, e alienação parental é uma acusação muito forte a se fazer, melhor conseguir provar materialmente antes de falar. E pra concluir, uma criança seja de 7 ou mesmo de 2 anos tem plena capacidade de distinguir quem cuida dela e por isso gera afeto, e quem simplesmente é aleatório em sua vida, ou seja, não é frequente.
Um pai, assim como uma mãe, quando verdadeiramente comprometidos com os filhos, são capazes do inimaginável para estar perto, se fazer presente e demonstrar o seu amor por um filho. E um filho, reconhece um pai instantâneamente, o "problema", é que o filho reconhece o pai que o cria, não o que o fez. Não existem barreiras que um pai não transponha em função de um filho. Se Ana Luiza não vê o pai regularmente, esse é um erro exclusivo dele, que deveria fazer o que fosse necessário para que a filha tivesse uma relação regular com ele. É muito mais fácil acusar do que admitir!
Ju
Olá Carol e aninha!
ResponderExcluirVárias passagens das escrituras mencionam a importância de clamar ao Senhor em tempos de angústia. Em Lamentações 2:19, lemos: "levante-se, grite no meio da noite[...] derrame o seu coração como água na presença do Senhor...". Chega um momento, no entanto, quando finda o tempo de clamar, e a instrução do Senhor é clara quando diz pra agir.
Foi o que Deus disse a Moisés.Os Israelitas não precisavam se preocupar com detalhes; Deus cuidaria de tudo. Ele ajudaria seu povo obstruindo a visão dos egípcios com nuvens e escuridão. Iluminaria os israelitas. Faria o vento expor o fundo do mar. O povo já não precisava orar desesperadamente. Precisavam seguir avante...
Saiba Carol creia que Deus está cuidando de tudo, e o melhor! nos mínimos detales...Ele é perfeito. Todas as respostas se cumprirão em sua vida. Continui avante com sempre esteve, não dê ouvidos aos seus imimigos, apenas pessa a Deus por eles...isso é muito pequeno diante de muito (coisas grandes)que há por vir.
Jesus é seu grande sumo sacerdote----o único mediador de que você precisará. Não hesite em levar suas preocupações diretamente a Deus. Ele está esperando.
Deus abençõe vc e sua família!!!!
Fica com Deus! Boa Noite
Eli- Manaus
André, pai é quem cria, viu? Nunca ouviu essa frase, não?
ResponderExcluirANDRÉ já que você defende tanto o Diego,leva ele pra casa...MARCOS você é um SUPER PAI,força CAROL,e ANA LUIZA você é liiiiinnnnnndddddaaaa
ResponderExcluirMARCOS, CAROL e ANA LUíZA...força e luz para vcs.! Vcs. irão conseguir!
ResponderExcluirFrancieli
Hoje tive a feliz oportunidade de conhecer este blog e a historia dessa linda menina,dessa mulher guerreira,Carol e deste homem maravilhoso que é o Marcos.estou há horas lendo todos os posts e a cada um me emociono e choro e torço claro pela recuperação da Aninha...Eu gostaria de falar a respeito das declarações do senhor André,tenho um tesouro de também 7 anos chamado Marcos Guilherme,ele é meu sobrinho e é amado demais por nossa familia,graças a Deus,e que também tem uma história parecida com a da Ana Luisa,a mãe dele casou-se com pai biologico,viveram juntos por 2 anos e se separaram e desde então o pai biologico afastou-se do menino,não aparece nos aniversários,natais,ano novo,qualquer data especial,não liga e detalhe:NÃO AJUDA FINANCEIRAMENTE EM NADA.A mãe dele(minha irmã)entrou na justiça depois de 7 anos com pedido de pensão,foi sentenciado o pagamento de 100,00 mensais,isso em novembro do de 2010 e até hj ele nunca pagou e o processo anda a marcha lenta.E mesmo depois de tudo isso,a nossa familia nunca o impediu de visitar o menino,nunca deixou de passar o telefone para ele quando rarissimas vezes o pai biologico ligou,e as portas da nossa casa sempre estiverão abertas para o pai biologico e a familia dele.Queria falar para o senhor André,que ajuda financeira tb é uma demonstração de amor,de preocupação,pq amor a distancia não paga escola,calçados,brinquedos,lazer,roupas o que crianças precisam,sabe...E que tb ele,o pai biologico,poderia ter demostrado este amor no inicio e que se ele quizesse poderia sim ter feito ela,a Ana,reconhece-lo como o pai dela,mas dando toda a assistencia,amor e carinho desde o nascimento...Pq quando se ama de verdade se é reconhecido...E o sangue dele nas veias dela,é o que pouco importa depois de anos de abandono e rejeição.Pai é quem cria,cuida,educa,convive e amor se adquiri com a convivencia,é prática meu caro...
ResponderExcluirSó depois de tantos meses, pude conhecer suas histórias. Tenho ódio de hipocrisia. E ainda num momento destes. Carol, Marcos e Ana Luiza, Deus está com vocês. Sou mais uma nesta imensa corrente de oraçoes!
ResponderExcluirVai com Deus Ana Luiza... Brilha estrelinha!
ResponderExcluirOlá Meu nome é Suely moro em manaus, fiquei sabendo do blog da Ana Luíza e volta e meia estava vendo a luta da Familia mais nunca me manifestei.
ResponderExcluirEstou triste por ela ter partido, mais Deus sabe de todas as coisas. Carol vc foi e está sendo uma guerreira, só o Senhor pode lhe confortar aki não quero escrever coisas bonita, e lhe dizer que tenho CANCER e com metastase pelo corpo, sua filha me deu força e creio que ela esta bem agora.
Que o senhor venha passar o balsamo em seus corações. Fiquem com Deus.
Acompanho o blog, a história e o sofrimento desde janeiro, e sinceramente, acho que esse André, nao quis ver a verdade.
ResponderExcluirNINGUEM SEPARA UM PAI DE UM FILHO.. e é judicialmente SIM que se resolve isso, e não amigavelmente.
Se a Carol PROIBIA o contato, um juiz, certamente viabilizaria isso. Por que ele nao foi ver o lado de pai dele antes?
Aqui em casa, o pai da minha sobrinha, tem o direito legal garantido de ve-la a cada 15 dias, e nao o faz tem 4 anos, e diz por aí, que minha irmã nao deixa. Falar é fácil.
Por que esse Diego choraminga por aí que está sendo hostilizado? Cadê os 7 anos lindos de vida da Aninha que ele perdeu????
O pai dela é SIM O MARCOS, e uma criança com 7 anos, tem total discernimento sim de quem a ama ou nao ( palavra de especialista).
Ele agora, certamente, chora a dor do arrependimento.
...só hoje conheci seu blog e pude em alguns minutos conhecer um pouco de sua trajetoria de dor,mas de muita superação!"Só em Deus temos essa fortaleza mesmo".Não sei se eu conseguiria.Tenho 2 filhos,e minha filha de 11 anos perdeu o pai quando tinha 4 anos,com cancer.Conheci meu atual marido apenas 6 meses depois do falecimento,e assim que começamos a namorar ela,com 4 anos,peguntou se podia chamá-lo de pai.E assim que teve a liberdade de escolher quando quisesse chamar,o fez prontamente,convicta do que ele ali representava pra ela.
ResponderExcluirCarol,que o Espirito Santo de Deus,que é nosso Consolador e amigo,esteja com você agora,mais perceptivel que antes.Sei que Ele foi seu maior companheiro esses meses.Que Ele seja o que vai te levantar nesse momento!!!!!
Fiquei muito triste,muito mesmo.Aos nossos olhos,ela te foi tirada.Aos olhos do Senhor,creia que foi uma oferta,uma semente!!!!Ele te ama,mais que o mundo inteiro, e agora Ana está nos braços do Pai!!!!!
A Paz que execede todo o entendimento sobre você e Marcos e todos os seus!!!
conheci a historia desse anjinho meio que por acaso,desde entao sempre tenho acompanhado a luta dessa pequena guerreira´´sempre que pensar nela nao chore por ter partido mas sim sorria por deus ter te dado a dadiva de aprender sobre o amor absoluto,amor de mae com a sua pequena!!força carol e marcos!!!...
ResponderExcluirpamella serrana-sp